sábado, 15 de maio de 2010

O último voo da codorniz


Elton John, My lady d'Arbanville

I'll always be with you
This rose will never die
This rose will never die

Há quatro meses paradas na entrada n.º499, estas codornizes recebem ordem de soltura, hoje, ao meio milhar. Vão por aí acima ter com a Ana Lobo da Costa, que saberá tomar conta delas com a doçura, a joie de vivre e a dignidade que ensinou, sem nada querer ensinar, a todos quantos tiveram a sorte de cruzar o seu caminho e reparar no muito que tinha para oferecer.

Revivi ontem, num copo de vinho verde, a frescura de um champanhe e de umas flores que apareceram no hospital - provavelmente mandadas de outro - no dia em que a minha filha Helena nasceu. Voltei a ouvir a sua voz, como tantas vezes no Baleal (das cartadas à marcha popular, das picardias de bola e política aos rissóis do Verão passado), ao telefone, até no Facebook! Em dias felizes e outros menos, por entre confidências, disse-nos que gozássemos tudo, tudo, tudo. E pôs os outros à frente, até nas vezes em que tinha mais do que direito de pensar só em si mesma.

Não planeei um fim para este ninho, mas faz sentido mandá-lo desta para melhor, no sentido literal, na boa companhia de quem muito o frequentava e tão quentinho o tornou. Amiga Ana, fica consigo o agradecimento a todos os que passaram por aqui. Um beijinho e até sempre.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A um blogue recém-nascido


Marlène Dietrich, Au jardin de mes souvenirs (Moon river)

Nasceu há dias um novo blogue: Música, luar e poesia. É do mesmo autor de O espaço azul entre as nuvens (declaração de interesses: é meu Pai). O que vimos até agora agradou. Força, portanto. Dedico ao recém-nascido uma música de luar e poesia, versão francesa do hino não oficial do Codornizes.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Feliz Dia de Reis!


Amália Rodrigues, Natal dos simples

sábado, 19 de dezembro de 2009

Courrier Internacional n.º 167

A violência nas grandes cidades dos países emergentes é o tema de capa do Courrier Internacional de Janeiro, que saiu mais cedo por causa do Natal. Compreenderão que aproveite para falar já do portefólio, sobre o misto de capitalismo selvagem e organização soviética que subsiste em Moscovo.

Mas este número traz mais coisas... uma viagem ao Alto Alentejo, perfis de Joaquim de Almeida e Eugene Terre'Blanche, uma fadista catalã que adora Amália, os comboios de Kim Jong-il, os cesteiros do Tajiquistão, as mentiras dos egípcios, os logótipos dos cartéis sul-americanos e os elefantes que o Mundial de Futebol vai salvar. Em Inglaterra pergunta-se se a liberdade será de direita e no Irão... não há liberdade nenhuma, mata-se a torto e a direito.

A inteligência dos investidores indianos em tempos de crise, a câmara com espessura de tecido e as desanimadoras conclusões sobre a forma física da espécie humana estão na área do saber, onde sabemos também que há quem mutile as costas para vender areia e quem trafique ébano aproveitando a crise política em Madagáscar. Na Palestina há quem ria. E em Bagdade os jornalistas fazem as malas para irem para Cabul. Universidades online e alianças anti-Google completam o rol. Mas não volte a página sem ficar a saber que Van Gogh, afinal, não era tão pobre nem tão louco como dizem

As reportagens de fundo incidem sobre a competição entre igrejas cristãs e muçulmanas na Nigéria, as prisões privadas do Texas, a calma dos adeptos de futebol sul-africanos e uma viagem à obscura Gagaúzia. Coma, no final, umas couves de Bruxelas enquanto lê os insólitos e um texto de Caetano Veloso. E Bom Natal!


Madredeus, Cidade

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Courrier Internacional n.º166


A cimeira de Copenhaga, na qual os líderes mundias tentarão (?!) salvar o planeta do aquecimento global, é o tema de capa do Courrier Internacional de Dezembro, recém-saído. Esta edição da revista traz os melhores artigos da imprensa mundial sobre a reunião, da qual já sabemos que não irá sair qualquer documento vinculativo.

Neste número temos ainda os olivais portugueses (na maioria controlados por empresas espanholas), as querelas de Saramago com Deus, perfis do norte-irlandês Gerry Addams e do suazilandês rei Mswati III, memórias do Muro de Berlim, raptos no Quénia e a corrida ao solo arável.

Mas também um portefólio captado nos cafés de Viena, a vitória do Multibanco sobre o cartão de crédito, o renascer do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, a gripe A e os pais que querem horários laborais que não prejudiquem os filhos. Saiba também que existem genes da agressividade, mapas com 13 mil anos, e máfias da madeira. Conheça a guerra Obama vs. Fox News, a liberalização do mercado audiovisual chinês e o acordo entre o Google e as bibliotecas francesas.

As reportagens de fundo deste mês abordam os refugiados do Waziristão, um movimento radical islâmico só de mulheres, o contributo das vacas para o efeito de estufa e as feridas não cicatrizadas de Nova Orleães, ainda por causa do furacão Katrina. Uma viagem a Cartagena de Indias, um menu composto por insectos e os imperdíveis insólitos completam o ramalhete.


Julian Lennon, Saltwater

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O meu São Martinho foi assim



Tudo isto com gente de quem gosto.
A lenda do santo, a mensagem,
é mesmo essa: partilha.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Courrier Internacional n.º 165


O Nobel da Paz de Barack Obama está em discussão na edição deste mês do Courrier Internacional. Foi merecido? Terá influência na política americana, enquanto incentivo? Artigos da melhor imprensa internacional debruçam-se sobre este assunto.



John Lennon & the Plastic Ono Band, Give peace a chance

A revista traz ainda artigos sobre o fluxo de trabalhadores portugueses para Angola, o êxito do bacalhau fora de portas, os 284 milhões de biquínis que o Brasil produz por ano, a disputa pelo 'ouro cinzento' (lítio) no Chile, o maremoto de Samoa, a cultura da Islândia e as divisões que persistem na ex-Jugoslávia. Fique a conhecer, ainda, a Universidade mais liberal da Arábia Saudita e a horripilante história do massacre num estádio da Guiné-Conacri, ordenado pelo Governo.

Na zona económica, leia um perfil de Joseph Stiglitz, o homem que a América não quiz ouvir a propósito da crise, e tente perceber porque se suicidam tantos funcionários da France Télécom. Nas ciências, destaque para os efeitos saudáveis da marijuana e a criogenização de óvulos. Sabia que o deserto do Sara vai ter uma central de energia solar? E que diferença fará, numa aldeia indiana, a introdução de casas-de-banho públicas?

Na área cultural, o sucesso dos Buraka Som Sistema e uma entrevista com a Nobel da Literatura de 2009, Herta Müller. E no campo da reportagem de fundo, a feira da ladra de Panjiayuan, a vida de Natascha Kampusch e o isolamento das colónias menonitas da Bolívia. A viagem é a Ometepe e os sabores falam-nos da groselha espinhosa. A fechar este número, os imperdíveis insólitos e um artigo do mayor de Londres, Boris Johnson.

A edição do Courrier que acabo de vos apresentar é a primeira desde que Anabela Natário foi substituída na direcção desta revista e na editoria internacional do Expresso. Grande jornalista e ainda melhor pessoa, vou sentir-lhe a falta no dia-a-dia, após os quatro anos e meio em que trabalhámos juntos. Os laços ficam, é claro, profissionais e de amizade. Para a vida. Como fica - para mim e para vós - a oportunidade de ler reportagens da Anabela, em breve, na revista Única. Estejam atentos, porque vai valer a pena.

Aos que entram para o Courrier (o director João Garcia, o editor Rui Cardoso, responsável também pela área internacional do Expresso, e o jornalista Hélder Martins), um abraço de boas-vindas e boa sorte.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Santíssima Trindade



Quinta e sexta da próxima semana, no Campo Pequeno; 31 de Outubro e 1 de Novembro, no Coliseu do Porto. Sim, já tenho bilhetes...



Fausto Bordalo Dias, Quando às vezes ponho diante dos olhos


MusicPlaylistRingtones
MySpace Playlist at MixPod.com


Sérgio Godinho, Guerra e paz


José Mário Branco, Eu vim de longe

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Três vivas à minha cidade


...pela alegria que me deu
no domingo passado.



Tête de Bois & Sérgio Godinho, Lisbona quando albeggia